sexta-feira, 9 de agosto de 2013

DST’s podem causar infertilidade masculina

Meus amigos,

Retomo as publicações no meu blog com um tema muito importante para a saúde reprodutiva do homem: as doenças sexualmente transmissíveis. As complicações decorrentes dessas doenças podem ser responsáveis por 10% dos casos de infertilidade masculina. Vamos conversar sobre a clamídia e a gonorréia, que podem obstruir os canais por onde passam os espermatozoides, levando a dificuldade para conceber uma criança. 

Essas duas doenças são causadas por bactérias. A Neisseria gonorrheae atinge especialmente a uretra, canal que liga a bexiga ao meio externo, provocando inflamação, infecção, dor ou ardor ao urinar e excreção de uma secreção purulenta através da uretra. Já a Chlamydia trachomatis infecta, principalmente, os órgãos genitais. Nos homens, os sinais da doença são dor ou ardor ao urinar, aumento do número de micções, presença de uma secreção com aspecto fluida, dor nos testículos e prurido no pênis. Em alguns casos, esses sinais não aparecem na fase inicial da doença. Por isso, em caso de suspeita de contaminação, o paciente deve procurar rapidamente o seu urologista para realização de exames visando o diagnóstico precoce para evitar as complicações decorrentes das DST’s.  

A melhor forma para prevenir as DST’s continua sendo o sexo seguro com o uso de preservativos. Também não podemos nos furtar de orientar os jovens sobre os perigos dessas doenças para que eles evitem comportamentos de risco. É nessa fase que acontecem a maioria dos contagiosos e, mesmo tratando-as, os homens que tiveram DST’s, especialmente a clamídia, tem uma propensão maior a ter epididimite, prostatite e azoospermia.

A prostatite é uma inflamação que atinge a próstata, órgão responsável por produzir os espermatozoides. A epididimite, por sua vez, é uma infecção no epidídimo, o local entre os testículos e a uretra onde os espermatozoides amadurecem e são armazenados. Essa alteração pode deteriorar a qualidade do sêmen. Já a azoospermia é a ausência de espermatozoides no ejaculado, o que pode significar que os espermatozoides não estão sendo produzidos ou não estão sendo ejaculados.

Se a causa da azoospermia for uma obstrução no canal por onde passam os espermatozoides, deve-se avaliar uma reversão cirúrgica do caso. Outra saída é realizar uma punção nos testículos ou no epidídimo, recolher os espermatozoides para, a partir daí, seguir para uma fertilização in vitro (FIV) com injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI). No entanto, se realmente não houver mais a produção de espermatozoides, a única opção será a utilização de esperma de um doador.

Por isso, meus amigos tenham cuidado, em especial com a clamídia, que é a doença sexualmente transmissível mais comum nos Estados Unidos. São 4 milhões de novos diagnósticos por ano, que vão gerar muitos casos de infertilidade. Lá é feita uma avaliação, no exame ginecológico tradicional, para verificar a presença da bactéria causadora dessa doença no muco cervical. Eles entenderam que é mais barato gastar dinheiro com esse exame, diagnosticar precocemente a doença, quando não há sintomas, do que tratar todas as consequências que a clamídia pode causar às trompas das mulheres. Por isso, indico que esse exame seja incluído na rotina de prevenção das mulheres também aqui no Brasil. Mas isso é assunto para outro post.  Até a próxima!
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