quinta-feira, 29 de março de 2012

Exercícios em excesso podem prejudicar as mulheres na hora de engravidar




O exercício para as mulheres que procuram engravidar geralmente é uma vantagem. Porém, quando feito em excesso, pode complicar um pouco esse processo – a menos que a mulher esteja acima do peso, afirmam pesquisadores.

Normalmente, exercícios vigorosos como corrida, ciclismo e aeróbica não prejudicam a fertilidade de mulheres que estão acima do peso. Porém, um estudo conduzido por pesquisadores americanos e dinamarqueses, feito com milhares de mulheres dinamarquesas, afirma que mulheres saudáveis com peso normal podem ter mais dificuldades na hora de engravidar.

Embora a atividade física moderada tenha sido associada a um aumento nas taxas de fertilidade entre todas as mulheres, a autora do estudo Lauren Wise, professora associada de epidemiologia na University School of Public Health, disse: "Nosso estudo descobriu que os níveis muito elevados de exercícios foram associados com menores taxas de fertilidade em mulheres com peso normal”.

Lauren afirma que atividades físicas de qualquer tipo podem melhorar a fertilidade entre as mulheres com mais peso, porém, as mulheres com peso normal que querem melhorar suas chances de gravidez devem fazer exercícios menos rigorosos, como caminhadas e corridas leves. Em outras palavras, mulheres que praticamente treinam para uma maratona devem desacelerar sua rotina de exercícios.

Outros estudos, feitos com atletas profissionais, sugerem que exercícios intensos podem alterar os ciclos menstruais das mulheres, e até levar a uma falta de ovulação, entre outros problemas. Lauren também afirma que exercícios de alta intensidade podem prejudicar a implantação de óvulos.
Os pesquisadores aplicaram questionários em 3.628 mulheres, com idades entre 18 e 40 anos. Elas tinham que estar em relações estáveis com parceiros do sexo masculino, e planejando engravidar, além de não estarem envolvidas com tratamentos de fertilidade.

Os pesquisadores coletaram informações sobre peso, altura, histórico médico e reprodutivo, estilo de vida e detalhes de comportamento das mulheres. Depois, acompanharam seu desenvolvimento por 12 meses ou até que elas engravidassem, através de questionários enviados a cada 2 meses pela internet.

No início do estudo, as mulheres foram questionadas sobre o número médio de horas por semana que elas reservavam para se exercitar e também sobre que tipos de atividades físicas elas faziam. Corrida, ciclismo, aeróbica, ginástica e natação foram consideradas atividades vigorosas. Caminhada rápida, ciclismo de lazer, golfe e jardinagem foram consideradas atividades moderadas.

As participantes foram categorizadas por seus níveis de exercício e os resultados foram avaliados de acordo com seu índice de massa corporal (IMC, uma relação entre peso e altura). Pessoas com IMC acima de 25 foram consideradas obesas.

A atividade física moderada sempre foi associada a tentativas mais rápidas e bem sucedidas de gravidez em todas as faixas de IMC, porém os pesquisadores descobriram que havia uma "associação inversa" entre a atividade física vigorosa e o tempo que uma mulher com peso normal leva para engravidar (IMC inferior a 25). Em mulheres com sobrepeso ou obesas, não havia nenhuma ligação entre o exercício vigoroso e um tempo maior para a gravidez.

Os resultados do estudo, que não comprovam uma relação de causa e efeito, foram publicados em 15 março na revista Fertility and Sterility.
Lauren observou que em outras pesquisas, o sobrepeso ou obesidade tem sido associado com menores taxas de fertilidade em comparação com mulheres de peso normal. A obesidade também tem sido associada com perturbações do ciclo menstrual. Lauren afirma que o aumento da atividade física neste estudo pode reverter os efeitos nocivos da obesidade, e melhorar as taxas de fertilidade das mulheres com sobrepeso.

Dr. Dimitrios Mastrogiannis, diretor da divisão de medicina materno-fetal e professor associado de obstetrícia, ginecologia e ciências reprodutivas da Temple University School of Medicine, na Filadélfia, afirma que a pesquisa não sugere que as mulheres ganhem peso para engravidar, nem que elas devam parar completamente de fazer exercícios.

"O exercício é uma coisa boa. Ele está ligado à diminuição de doenças cardiovasculares, câncer, diabetes", afirma, observando que a atividade física também está ligada a uma gravidez mais saudável.”

"Nós recomendamos aos nossos pacientes que façam exercício aeróbio moderado, por volta de 30 minutos por dia. Andar a pé é muito importante", afirma.
“Se as pacientes se envolvem em exercícios vigorosos, por mais de cinco horas semanais, isso pode torná-las menos férteis.”

Fontes: HealthDay e ASRM.org
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