quarta-feira, 11 de abril de 2012

Andar de bicicleta pode afetar a saúde sexual feminina?



Passar algum tempo em cima de uma bicicleta tem sido associado à disfunção erétil em homens, e agora pode também apresentar um perigo à saúde sexual da mulher, mostra novo estudo.

Muitas mulheres que pedalam ou fazem aulas de spinning estão familiarizadas com a dormência que pode ocorrer pelo tempo passado sobre um desses acentos tradicionais de bicicleta. Assentos de bicicletas são concebidos de tal forma que o peso corporal tipicamente repousa sobre o nariz do assento, isso pode comprimir nervos e vasos sanguíneos na área genital. Nos homens, isto aumenta o risco de disfunção erétil. Esses acontecimentos têm sido documentados em estudos feitos com policiais homens que fazem patrulha utilizando bicicletas.

Porém, ciclistas não tem sido objeto de um estudo mais aprofundado. Um estudo realizado por pesquisadores de Yale em 2006 mostra que alguns cientistas acreditam que as ciclistas do sexo feminino provavelmente correm riscos semelhantes aos homens quando se trata de problemas sexuais.

No último estudo, os pesquisadores de Yale tentaram determinar se há fatores específicos que influenciam a dor e dormência entre as mulheres. Quarenta e oito mulheres participaram do estudo, cada uma deveria pedalar um mínimo de 10 quilômetros por semana, mesmo estando acostumadas a pedalar muito mais.
As mulheres levaram suas bicicletas pessoais e selas para o laboratório. Os pesquisadores montaram as bicicletas em uma máquina parada. As mulheres começavam a pedalar e relatavam se sentiam dormência, dor ou formigamento, como resultado de ficarem sentadas no assento da bicicleta. Logo após, um dispositivo media a sensação no assoalho pélvico.

Notavelmente, a posição do guidão da bicicleta fazia toda a diferença. Mulheres em bicicletas com guidões posicionados abaixo dos demais experimentaram mais pressão em uma área de tecido mole, chamada de períneo, portanto havia uma diminuição da sensibilidade no assoalho pélvico.
Os pesquisadores descobriram que quanto menor o guidão em relação à sela, mais a mulher precisa se inclinar para frente, forçando-a a colocar uma maior porcentagem de seu peso corporal sobre o períneo. Este problema acontece provavelmente quando uma ciclista se inclina para frente.
"Nós estamos basicamente mostrando que pode haver fatores de risco modificáveis associados com as ciclistas mulheres", disse Marsha K. Guess, uma das autoras do estudo e professora assistente de obstetrícia, ginecologia e ciências reprodutivas na Faculdade de Medicina de Yale. "Isto nos prepara melhor para educar ciclistas sobre práticas seguras de equitação que podem realmente ser benéficas para a redução de pressão no assoalho pélvico."

Os resultados, publicados no Journal of Sexual Medicine, ajudam a iluminar alguns problemas enfrentados por algumas ciclistas mulheres, porém é necessário mais estudos em longo prazo, disse Steven M. Schrader, um cientista do Instituto Nacional para a Segurança e Saúde Ocupacional cuja pesquisa inicial ajudou a identificar os riscos da bicicleta para policiais homens em patrulha.

Dr. Schrader disse que, ao longo dos anos, ele deu palestras sobre suas descobertas a grupos de policiais que fazem patrulha de bicicleta. Depois, ele disse para as mulheres da platéia: "Não é apenas uma coisa dos homens, as mulheres estão tendo problemas também", disse Schrader.

A pesquisa do Dr. Schrader sobre oficiais mostraram que uma das melhores maneiras de eliminar ou reduzir a pressão sobre o períneo é a utilização de um selim de bicicleta sem nariz. As descobertas levaram o instituto a recomendar que os policiais e outros trabalhadores em bicicletas "sem nariz" utilizem selas, que colocam pressão sobre os ossos na hora de sentar, ao invés de tecidos moles do períneo. Embora ele não tenha estudado o uso das selas sem nariz em mulheres, ele disse que acredita que as mulheres também podem ser beneficiadas.
"Se você não colocar peso lá", disse ele, "não há pressão."

Fonte: The New York Times
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